quarta-feira, 8 de julho de 2009


QUINTAL CULTURAL

Quantos guetos e paredes se misturam e se afastam pela parte escura do quintal. O que me afasta do sangue, quando se perde no televisor e no jornal. O que seria omisso calar e brandar o choro baixo sem poder falar. Andando pelas ruas sem árvores me deixa reflexivo demais, quando penso em Amazônia e outras raridades. O fruto me lembra natureza, mas corredores não se formam mais em verdes e o sonho de deixar intocado o transformado, que celibato maldito o querer ser igual, sendo tão diferente assim o incorrigível animal dual.
O que me difere do outro eu que vive em um espelho, o que seria característico semelhante a sua estrutura biológica se são muros em concretos que nos atrasam o elevar. Poderia ser exemplo de brasileiros que gracejam em adereços meu nobre progenitor gigantesco. O povo se lança para dentro e o desejo de modificar seus bairrismos coloniais alternados. A desestrutura interna reconstruída e a volta para dentro da caverna laceral com tantos santos em volta, que quando chegam aqui parecem tanto conosco e o amargar que ultrapassa nossos mares, brotam flores tão distantes daqui.
Vejo um sentimento triste sempre nas coisas que me interessam e outro sentimento vazio que conduz o vento, um sonoro apito, deixando saudades sem saber do que seria. Levo comigo na bagagem um enorme pensamento rítmico e as rimas e liras que se desprendiam de mim. Morfologicamente transmito em meus movimentos a dança de apresentar as estrelas que nasceram aqui e o orgulho ferido embutido com tantas diferenças. Abro uma caixa que parece mágica muda as cores e injeta alegrias. Um cristal ou um prisma que deixa como encanto o acordar em sonhos e o transmitir todo dia de um quintal cultural que ainda existe.