sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CIDADE PROCRIA

Quando corro pela rua
Tem muro, tem tudo.
Não me fale que o medo
Vigiado, não temias.
Eu quero que agora saibas
Quem foi o outro. Cidadania.
Tem metros pelo mapa
Em minutos seculares
Canta mundo, livre cria
Cidade popular. Cidade procria.
Sinalizam luzes. Reconhecem vidas.
Crema ciclo ofuscado.
Quem retrata. Não me falas.
Digitam marcas numeradas.
Pelo sangue, te consumo.
Direito de todos. Direito do mundo.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Abraçando

Retrato do homem sozinho.
Um legado do individualismo.
Corre sem convites e sem cartas.
O amor é uma lembrança.
A ponte da morte de quem descobre.
A arte da vida é cega.
Convívio do abandono.
Quando corro corredores. Apenas corro!
Pela manhã escrevo cadernetas.

Quando pinto os fios de branco. Eu falo!
Você o invisível descobre.
Abraça. Abraçando.

A negatividade que vem do coletivo.
É o veneno que nos mata.

Quem procura tranca no quarto.

Jovem com armadura antiga.
Não descolore mais no íntimo,
apenas abraça suas próprias costas
para refletir no teu corpo.
Tão jovem aquele pedaço de carne.
Parece que saiu mais cedo.
Perambula no escuro.